[Resenha] À procura de Audrey - Sophie Kinsella

Livro: À procura de Audrey
Autora: Sophie Kinsella
Editora: Galera
Número de páginas: 334
Classificação: 3,5/5

Minha Opinião:

Sophie Kinsella é autora mundialmente conhecida por seus livros, que sempre figuram na lista dos mais vendidos. Essa escritora famosa por seus chick-lit, se aventura pela primeira vez no mundo dos YA.

Eu gostaria de dizer que este livro foi uma grande surpresa, e ficou entre meus queridinhos (como todos os outros da autora), só que várias inconsistências no enredo me deixaram bem chateada com a leitura, que apesar de tudo, foi muito divertida, no melhor estilo Kinsella.

Audrey era uma garota comum de 14 anos, até começar a sofrer bullying na escola. Com isso, ela para de frequentar as aulas, e passa a usar um óculos escuro para evitar contato visual com as pessoas.
Diagnosticada com transtorno de ansiedade social, transtorno de ansiedade generalizada e episódios depressivos, ela é aconselhada pela Dr. Sarah, a documentar o dia-a-dia de sua família através de vídeos.
É quando Linus, amigo de seu irmão, começa a aparecer com frequência em sua casa. Em um primeiro momento ela evita o contato com o garoto de qualquer jeito, mas a amizade entre eles surge naturalmente, e evolui para um romance que vai ajudar Audrey a se encontrar.
"Ao olhar para alguém diretamente nos olhos, sua alma inteira pode ser sugada em uma nanossegundo. É a sensação que dá. Os olhos dos outros são ilimitados, e isso me assusta."
Definitivamente Sophie é uma das minhas autoras favoritas, e por este motivo eu estava realmente muito empolgada para ler este primeiro YA.
Como o título do livro sugere, a história fala sobre a busca de Audrey, mas não no sentido literal da palavra. Audrey já não era a garota que costumava ser, e está em busca de encontrar as motivações perdidas.
A narração de Kinsella é o ponto alto do livro. O humor é sempre afiado, e as cenas tão hilárias, que eu me sinto em um show de comédia, acontecendo bem debaixo dos meus olhos.

Mas meu descontentamento já começa com a família de Audrey. Posso dizer que seu irmão Frank, e as brigas homéricas que ele tinha com a mãe, ofuscaram completamente o restante. Eu passava cada página ansiando pelas discussões entre mãe e filho, mais do que saber da recuperação de Audrey.
A família de Audrey me pareceu um tanto exagerada, e estereotipada. Temos a mãe que acredita que jogos de computador afetam irreversivelmente o cérebro dos filhos, e confia piamente em tudo o que os jornais dizem. O filho que é viciado em games, e o pai dedicado ao trabalho, que vive com seu celular, e concorda totalmente com tudo o que a mãe faz ou manda os filhos fazerem.
"Frank: - Jogar desenvolve reflexos, ajuda no trabalho em equipe e criação de estratégias, ensina um monte de coisa...Audrey: - Ensina um monte de coisa? Que monte de coisa?Frank: Ok, quer mesmo saber? (faz a contagem com os dedos) Minecraft - arquitetura. Sim City - como gerenciar uma população e orçamento e essas merdas. Assassin`s Creed - Roma antiga e os Bórgias e, tipo...Leonardo da Vinci. Tudo. Todos os fatos históricos que consigo lembrar vêm de Assasin`s Creed. Nadinha da escola. Tudo do jogos."
Eu me sentiria sufocada em uma família louca como esta, imagina Audrey? A mãe de Audrey era um tanto caricata, e cometia muitos exageros. Mas isso foi algo que joguei para debaixo do tapete, pois estava me rendendo boas risadas.
O intalove me deixou bem descontente. Achei que o relacionamento entre Linus e Audrey seria relatado aos poucos, mas foi como eu falei: toda a confusão envolvendo sua família, acabou ganhando mais destaque, e sobrepujando a amizade entre os dois. E o que piorou foi o fato de em um momento ela nem conseguir olhar nos olhos dele, e no seguinte já estar apaixonada. A autora poderia ter se esforçado mais um pouquinho para tornar o romance entre eles em algo fofo.
Mas chegamos ao x da questão. O motivo que levou Audrey a se fechar em sua própria casa não é revelado. Fechei o livro com a sensação de ter tido uma leitura incompleta, e sem compreender completamente as motivações de Audrey.

À procura de Audrey acerta totalmente em ser uma leitura agradável, divertida, boa para passar uma tarde dando risadas. Porém, fica devendo quanto a parte psicológica da personagem, e no romance. O que é uma pena.
Ainda assim recomendo a leitura.

3 comentários:

  1. Sophie Kinsella é uma das metas desse ano, sempre quis ler um livro dela, todo mundo fala que são divertidíssimos, e acho que seriam ótimos pra mim naqueles momentos em que eu preciso relaxar mais, entre uma leitura pesada e outra... Pena que todos os livros dela são caríssimos /: mas acho que valem o investimento haha
    Esse tem uma capa lindaaaa, morro de amores toda vez que vejo na livraria hahaha
    Achei a trama legal, pena que você teve esses descontentamentos com a família dela, imagino que deve ter sido chato a autora ter exagerado nesses pontos... ainda assim pretendo ler, se não agora, em breve hehehe
    Beijos
    www.vidaemmarte.com.br

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  2. Eu nunca li nada da autora,
    não por falta de vontade, já que sou louca para conhecer a escrita tão elogiada da Sophie, fico feliz de saber que apesar das falhas o livro ainda proporciona uma leitura agradável.

    http://soubibliofila.blogspot.com.br/

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  3. Oi Jacque
    Eu curti muito a leitura deste livro, a história em si é muito boa.
    Concordo com vc em relação a família. Tipo, uma pessoa de fora que conseguiu ajudar a Audrey, pq a família estava tão mergulhada em outros probleminhas que não conseguiu ajudar, e isso acontece muito na vida real, né?

    Beijos

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