[Resenha] A rainha vermelha - Victoria Aveyard

Livro: A rainha vermelha
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Número de páginas: 414
Classificação: 2,5/5

Minha Opinião:

Victoria Aveyard se formou como roteirista e tenta combinar seu amor por histórias, explosões e heroínas fortes na sua escrita.

Minha relação com o livro é extremamente complicada. Eu estava ansiosa para ler, acreditando se tratar de uma distopia com uma personagem forte e decidida, mas me decepcionei em vários aspectos.

Quando vi a maioria dos leitores elogiando a obra, juro que me senti como um E.T. Como assim eu não havia gostado do livro como a maioria? Não satisfeita com a minha primeira opinião insatisfeita, fui reler tudo novamente, para formar uma opinião mais completa para esta resenha, mas meu primeiro sentimento de insatisfação não se desfez.

A rainha vermelha é um livro onde a sociedade é dividida pela cor do sangue: os prateados são nobres, e os vermelhos trabalhadores.
Mare Barrow é uma "vermelha", que vive em um vilarejo muito pobre. Para ajudar sua família, Mare passa os dias roubando, e sem ter um ofício, seu único futuro será ser recrutada para a guerra.
Querendo escapar do recrutamento junto com um amigo, Mare acaba conhecendo um jovem misterioso, que lhe arruma um emprego no Palácio de verão do Rei, e sua vida muda drasticamente.

Well, well. Eu tentei, tentei gostar desse livro com todas as minhas forças, mas falhei. E minha implicância de cara, foi logo com a protagonista. Mare justifica seus "roubos" com desculpas esfarrapadas. Seu complexo de "salvadora" também me irritou muito.
E não foi só Mare que me desagradou. Os personagens em geral não tiveram suas personalidades bem trabalhadas.
Temos vilões e mocinhos, mas não me senti empatia por nenhum personagem em especial.
"O mundo é prateado, mas também cinza. Não existem o preto e o branco."
A trama, que tinha tudo para ser a mais original possível, acaba caindo em um lugar comum de todas outras distopias já criadas.
Um povo opressor: check, um povo explorado:check, rei e rainha detestável: check, magias: check.
Aveyard até tenta tornar tudo mais interessante diferenciando os poderes de cada família (poder de manipular a água, fogo, ar, etc). Os tais poderes também recebem um nome diferente do que estamos acostumados, mas não é nada diferente do que já tenha sido mostrado em outros livros do mesmo segmento.
"Você está fingindo que é uma prateada de sangue criada como vermelha.Você é agora vermelha na cabeça, prateada no coração."

Até a tentativa de romance foi fail. Não posso dar spoiler, mas de cara já dá para perceber quem vai ficar com quem.
E o casal da vez não tem tempero nenhum. Não sei se eu não senti por causa da minha cisma com Mare, mas eu não conseguia sentir verdade em seus sentimentos (ou na falta deles). O que salva são algumas reviravoltas (que eu descobri antes de acontecer, o que me frustou mais ainda), e algumas cenas de ação que movimentaram a trama, e a salvaram de ser um fracasso total.
A narrativa, em primeira pessoa, foi arrastada e sofrível. Levei um século para terminar a primeira leitura.

Apesar de A rainha vermelha (só eu acho que esse título é um baita spoiler pro final da série?) não ter me deixado pulando de emoção, eu arrisquei em ler a continuação (diga-se de passagem, foi um pouco melhor).
Se você não se incomoda com clichês, certamente terá uma experiência bem mais feliz que a minha. Recomendo.

Um comentário:

  1. Oi Jacque, eu gostei do livro, mas acho que principalmente pelo fato de não ter tido expectativa nenhuma. Eu não sabia do que se tratava a história e nem tinha lido qualquer resenha, então os mais do mesmo não foram tão incômodos. Estou esperando meu segundo chegar, espero gostar mais que o primeiro também.

    Beijos

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