Autora: Andrea Cremer
Editora: Galera Record
Número de páginas: 402
Classificação: 5/5
Minha Opinião: (Livre de Spoiler)
Logo que Calla recobra a consciência após o ataque na mansão do tio de Shay, ela se vê cercada por Inquisidores - seus maiores inimigos - e nem desconfia qual é o verdadeiro propósito do grupo em mantê-la são e salvo.
Somente quando ela reencontra Shay, é que começa a questionar sobre o plano dos Inquisidores. Por qual motivo eles a mantiveram salva? E porque precisaria da ajuda oferecida por eles, para salvar sua matilha?
Nem tudo é o que parece ser, e Calla irá descobrir que mais do que salvar sua antiga matilha, o futuro de Guardiões, lobos e Inquisidores está prestes a mudar drasticamente.
" - Chega de se esconder atrás do medo, Calla. Chega de fugir. Pode tentar arrancas minhas mãos se realmente é isso que quer. Mas vou beijar você agora" (pág.187)Lua de Sangue é a imperdível sequência de Sob a luz da Lua, livro que eu devorei em questão de dias e entrou para a lista de favoritos. Já fazia mais de um ano da leitura do primeiro volume, mas graças ao flashback inserido na trama, relembrei boa parte da história e não teve como ficar perdida no enredo.
Não gosto de criar expectativa sobre continuações, mas sendo uma das minhas trilogias preferidas, não tinha como conter a ansiedade para a leitura. E ela superou todas as expectativas. Adoro quando o segundo livro supera o primeiro, e traz uma reviravolta de tirar o fôlego.
Mais da metade do livro foca no aparecimento de Calla no quartel-general dos Inquisidores, e muitas perguntas feitas em Sob a luz da Lua, são respondidas neste segundo livro.
O começo serviu mais para situar o leitor sobre o passado dos Inquisidores e Guardiões, revelando assim muitos segredos ocultos de ambos os mundos.
Calla é uma boa narradora e protagonista. Gosto do modo como ela questiona tudo ao seu redor, e não se mostra impassível diante do perigo. Por ser uma Lobisomem Alfa, ela tem atitude e coragem suficientes para enfrentar todos os perigos que surgem. É isso o que mais aprecio na mitologia de Cremer: a força da mulher é explorada, e isto difere sua obra das outras.
O único problema de tanto feminismo, é que o par romântico de Calla - Shay - passa a ser visto como medroso. Isso para algumas pessoas, já que eu sou totalmente e irrevogavelmente apaixonada por Shay, mesmo que a autora não tenha explorado o personagem em sua totalidade neste segundo volume. O fato dele ser o progênito, me diz que o melhor está guardado para o último livro da trilogia. Porém, algumas de suas habilidades são reveladas em Lua de Sangue.
Sei que a maioria dos leitores da série preferem o Ren, o alfa da matilha Bane, mas eu não consigo enxergar o relacionamento dele com Calla como sendo algo romântico, e não é por ser "do contra". Não consigo torcer por um romance que é algo totalmente arranjado pelas matilhas.
Team Shay ensandecidas como eu, irão se deliciar com o destaque que o romance dos dois ganha neste livro. Podem falar o que quiserem dele, mas Shay tem "pegada".
Não curti muito o final, pelo jeito como Calla se mostra indecisa. Deu vontade de dar uns safanões nela, para ver se o cérebro encaixava no lugar. Mas isso não impediu a autora de dar um fim digno de roer as unhas pelo próximo volume, Bloodrose, sem previsão de lançamento no Brasil.
Unindo mitologia, romance e ação, a trilogia Nightshade é imperdível para os fãs de um bom sobrenatural.